Hello! Cá estou eu, firme e
forte, sem nenhum efeito colateral das quimioterapias, sem menopausa
(menstruação desceu depois de dois meses do fim das químios), sem calorões, sem
veias detonadas e sem um monte de outras coisas chatas. Ainda com alguns
quilinhos a mais, mas esses estão com os dias contados. Depois dos exames que
estavam todos bem (gracias!), passei pelo radioterapeuta que decidiu não me
incluir na rádio novamente, por eu já ter feito 28 sessões em outra ocasião na
vida. Isso impede ou dificulta uma nova radiação no local já irradiado. Aliás, acredito
que só em último caso faríamos radiação nos locais afetados. Porém, não se pode
irradiar um mesmo local novamente, pois os danos poderiam ser muito graves.
Acreditem que até uma constela se pode quebrar. Credo, né? Fiquei muito
aliviada de não ter que fazer radioterapia novamente.
Daí, sem rádio, partimos para o
tratamento hormonal. Como meu tumor dessa vez veio positivo para os receptores
hormonais, o protocolo é o uso de um medicamento em forma de comprimido que inibe
os efeitos do estrogênio (hormônio feminino) no organismo, que no caso, é um
combustível para as células cancerígenas. O nome dele é TAMOXIFENO, “meu melhor
amigo” pelos próximos 10 anos. Aff.... 10 anos? É isso aí. As últimas pesquisas
indicam que o uso prolongado que era de 5 passou para 10 anos agora, para o uso desse
medicamento. Bem, na verdade, estou fazendo um teste com o medicamento de 21
dias e volto na médica na amanhã para avaliarmos como estamos nos saindo. Pelo
que tudo indica vou continuar tomando ele, pois não estou sentindo quase nada. Como é bom isso. Aliás, acredito que ele até
trouxe minha libido (que estava perdida) de volta. Bom demais!!! Hehehe. Segundo
a minha mediquinha linda, dentre os efeitos colateriais do tamoxifeno (que são
muitos), os piores seriam: os calorões (porém, diferentes e menos piores dos que
o da menopausa), as dores articulares (não muito diferente das que sentimos nos
períodos de químio) e o pior de todos, de acordo com ela, as alterações de
humor, pois ninguém consegue conviver com gente chata, depressiva e mau-humorada
por 10 anos, nem a gente mesmo se agüenta. Bom, não sei se é recente falar, mas
estou tranqüila. Não ando sentindo praticamente nada por enquanto e espero que
continue assim. O problema é que ainda faltam 9 anos e 344 dias para
acabar...rs.
Sobre o CABELO, aí vai uma
fotinha. Realmente ele ficou muuuuuito ralo, com algumas partes falhas em cima o que me obrigou a usar por algum tempo algumas faixas e lenços para tampar a parte falha. Mas chegou uma hora que ele estava tão pouco que o melhor foi cortar “estilo Joãozinho”. As partes falhas cresceram e corte ficou muito legal. Estou curtindo essa fase. Portanto, mas uma vez venho falar sobre a TOUCA HIPOTÉRMICA. Ela vale à pena se você não quiser ficar careca e
tiver essa opção, apesar dos 5 minutos iniciais de dor parecerem uma
eternidade. Definitivamente, é melhor sim, do que deixar o cabelo crescer do
zero. Sou daquelas que não gostam de
usar nada na cabeça, por isso nunca usei peruca e usei muitos lenços da
primeira vez, mas assim que deu, parti para a cabeça careca mesmo, sem lenço e
sem documento. A cabeça livre dá uma sensação boa de liberdade.
Semana que vem tenho uma
mamotomia de um nódulo na mama esquerda agendada. Além de tudo, vez ou outra
aparecem esses nódulozinhos para nos preocupar. Mas já fiz punção na mama
esquerda umas 3 vezes e graças a Deus não era nada. Tudo indica que a minha
mama doente é a direita. Porém, por via das dúvidas, vamos lá ver de qual é
desse nódulo. Entretanto, quero também deixar claro aqui que pretendo fazer a
mastectomia profilática do lado esquerdo o quanto antes para evitar ter que ir
ao médico sempre puncionar esses nódulos. Vou atrás de um geneticista o mais
urgente possível para avaliar a possibilidade de fazer o teste genético, BRCA 1
e 2, para depois tentar essa cirurgia pelo convênio. Processo longo, mas vou
tentar.
Mudando de assunto, vem aí o 7º
ENAP – ENCONTRO NACIONAL DAS AMIGAS DO PEITO/MENINAS DE PEITO, que neste ano
irá acontecer em Goiânia. Estarei lá, aliás, estaremos, eu e mami, prestigiando
e compartilhando com minhas queridas amigas do peito, nossas histórias de vida.
Finalizo por aqui, triste pela
partida da linda Betty Lago e pela notícia de que uma grande amiga está
iniciando essa batalha que nós bem conhecemos (Força, minha amiga! Estarei com
você para o que e vier!).
Partiu, GYN! Partiu, ENAP! Fui.